A Avaliação Neuropsicológica é um exame que avalia o funcionamento cognitivo. Nessa avaliação, buscamos entender quais os níveis de Atenção, Percepção, Memória, Inteligência, Planejamento e Linguagem (dentre outras funções cognitivas) de uma pessoa.

Chamamos de “Avaliação Neuropsicológica Infantil” porque ela é realizada durante um período em que o cérebro ainda está em desenvolvimento. Abrange a 3ª Infância (que se inicia por volta dos 7 anos) até o final da adolescência (aos 17 anos).

Porque é uma forma de compreender como o cérebro de uma pessoa está funcionando, pois as funções cognitivas refletem o funcionamento dos circuitos neurológicos. Se são observadas alterações nas funções cognitivas de uma pessoa, é alta a probabilidade de que existam alterações no seu funcionamento neurológico.

Na infância, essas alterações são comumente observadas nos Transtornos do Neurodesenvolvimento. Dentre outro, são exemplos desses transtornos o Transtorno do Espectro Autista, a Deficiência Intelectual, o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade e o Transtorno Específico de Aprendizagem.

Para crianças e adolescentes que tenham dificuldade persistente de aprendizagem escolar ou aprendizagem das rotinas diárias, que tenham interesses e/ou comportamentos atípicos e rígidos, que manifestem comportamentos muito infantilizados em comparação aos demais da mesma idade.

Ela é indicada principalmente quando há suspeita de algum Transtorno do Neurodesenvolvimento, auxiliando no diagnóstico. Ela também pode ser solicitada diante de um processo cirúrgico e diante do início de um tratamento farmacológico ou não farmacológico, avaliando as habilidades cognitivas anterior e posteriormente.

A Avaliação Neuropsicológica é um exame clínico não invasivo. Ou seja, não representa risco à integridade física da criança ou adolescente avaliado.

São usados testes para fazer a avaliação cognitiva. Um teste é uma atividade, problema ou tarefa que precisa ser resolvida pelo avaliando. A partir da maneira como ele executa os testes, resolve os problemas e se comporta durante a testagem, podemos fazer inferências e ter medidas objetivas do funcionamento cognitivo.

Além da testagem, são preenchidos questionários e realizadas entrevistas com pais, pessoas próximas à criança e professores. A visita escolar também é uma prática realizada para avaliação do comportamento.

A Avaliação Neuropsicológica é um processo dinâmico e pode sofrer diversas interferências, seja da motivação da criança, do relacionamento com o avaliador, de seu nível de compreensão, disponibilidade dos cuidadores em participar do processo, disponibilidade dos professores e outros informantes, dentre outros fatores.

Dessa maneira, consideramos uma avaliação pode variar entre 6 e 12 sessões, dependendo dos fatores já comentados. Cada sessão tem a duração de aproximadamente 1 hora. Sugerimos que as sessões sejam realizadas 2 ou 3 vezes por semana, com um intervalo de 1 a 2 dias entre cada sessão.

Em algumas situações, apenas uma Avaliação Neuropsicológica Breve é possível. Nesses casos a avaliação pode durar entre 2 a 5 sessões, onde cada sessão tem a duração aproximadamente 1h e 30 minutos cada sessão.

Ao final da avaliação, é necessário um período de aproximadamente 1 semana para que os dados sejam corrigidos e o laudo seja elaborado. Após a elaboração do laudo, é agendada uma devolutiva com os cuidadores para explicação dos resultados.

Quem cuida

Arlene Amorim

Arlene Amorim é Graduada e Mestre em Psicologia, especialista em Avaliação Psicológica, especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo e especialista em Análise do Comportamento Aplicada.

Também fez outros cursos importantes como Segurança em Crises Agressivas. Atualmente, é Gerente de Ensino no Grupo Conduzir e se dedica a implementar OBM no contexto das empresas que fornecem serviços de saúde e educação. Além disso, tem se dedicado a estudar sobre o autismo na adolescência e na fase adulta.

Nesta palestra, exploraremos os desafios e as oportunidades que acompanham a transição para a vida adulta de pessoas com autismo. Além disso, discutiremos a importância de valorizar a independência e a autonomia, reconhecendo que o caminho para a vida adulta não precisa ser perfeito para ser bem-sucedido. Ainda, abordaremos estratégias práticas para concentrar os esforços sejam na intervenção ou no cotidiano das famílias para promover as habilidades que são exclusivamente úteis para o individual e promover resultados positivos a longo prazo.