Trata-se de um modelo de prática clínica e interdisciplinar com ênfase em uma terapia individualizada e foco na análise de movimentos para habilitação e reabilitação de indivíduos com disfunção motora. Utiliza o conhecimento científico disponível para apoiar sua prática e, por isso, aplica as teorias atuais de controle motor e aprendizagem, fisiologia muscular e neuroplasticidade a fim de sustentá-la.
É uma abordagem de tratamento baseado na avaliação do potencial do paciente para realizar determinada tarefa, utilizando a observação e a análise do desempenho nessa tarefa para possibilitar melhor funcionalidade. O tratamento pode ser dividido em quatro fases: preparação, simulação, transferência e seguimento.
É utilizado o manuseio terapêutico, que é uma interação dinâmica entre o paciente e o fisioterapeuta para ativar o processamento sensório-motor adequado e favorecer o desempenho da tarefa e a aquisição de habilidades, a fim de permitir a participação em atividades funcionalmente significativas no contexto de vida do indivíduo. A escolha dos manuseios e a fase em que serão utilizados dependem de avaliação criteriosa, por meio da qual o fisioterapeuta vai identificar as principais limitações que a criança apresenta em suas capacidades funcionais e, a partir disso, reconhecer deficiências secundárias, ou seja, as alterações nas funções musculoesqueléticas.